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  • Foto do escritorClaudia Vilas Boas

O fiel da balança

Caminho pelo mundo observando o movimento. Tantos questionamentos pipocam a cada passo.

Como diz uma música bem conhecida da Banda Charlie Brown, são dias de luta e dias de glória.

O mundo tem sido como uma imensa gangorra. Ora estamos em cima, ora estamos embaixo.

As duas situações trazem tanto prazer como desconforto.

Estar em cima, te possibilita uma vista muito melhor da paisagem, contudo, envolve maiores riscos. Principalmente, se quem se encontra na outra ponta não for muito confiável. O que possibilitaria que nos mantivesse inertes nessa posição. Amarrados, sem movimento.

Nesse caso, assumir o risco de se pendurar e forçar a descida para equilibrar o pêndulo, talvez seja a medida a ser tomada. Há que se ter habilidade e coragem para tanto.

E, mais ainda, sabedoria para manter o equilíbrio nessa brincadeira.

Inteligência para mostrar ao oponente que essa queda de braços não leva a lugar algum.

A união e partilha é que torna a aventura divertida.

Achar o ponto de equilíbrio é o grande desafio. E convenhamos que, diante do cenário atual, são inúmeras as dificuldades.

Qual será o fiel dessa balança?

Seu coração talvez?

O amor?

Na maioria das vezes somos nós mesmos que controlamos os dois lados da gangorra ou da balança.

Equilibrar as extremidades exige um olhar apurado e crítico sobre o nosso entorno, sobre o que agregar e o que descartar.

Haverá pesos necessários e outros que teremos que excluir.

Temperança é uma virtude a ser trabalhada.

Como a vida é movimento constante, não há como manter a gangorra parada, ou a balança constantemente equilibrada.

Há momentos em que, para ganhar mais altura, atingir um novo patamar, valorizar a vista de cima, será necessário descer e conhecer o outro lado.

A diversão só estará completa quando todas as perspectivas forem conhecidas.

Nada próspera na estagnação.

Contudo, buscar o equilíbrio, o elemento que serve como fiel da balança também é fundamental.

Há que se ter em mente que oscilações fazem parte, e até mesmo são necessárias para o aprimoramento do nosso caminho evolutivo.

Nossos tombos e tropeços são os melhores treinadores para se chegar ao aperfeiçoamento do controle de cada passo dado.

Abençoe seu caminho, agradeça cada subida e descida. Há quem confunda inércia com equilíbrio, mas é o movimento que te torna mais forte e consciente.

Consciente de que você comanda o jogo. O fiel da balança está dentro, a cada pesinho acrescentado ou retirado as polaridades vão se alinhando, se equilibrando.

É trabalhoso, porém, é o caminho para a justiça, a liberdade, o amor e a paz que tanto buscamos.

Não há glória sem luta, não há aprendizado sem lições.

Em nossa condição humana não há perfeição, há tarefas a serem concluídas, então, melhor que se aproveite o curso absorvendo o melhor de tudo o que se apresenta, mesmo daquilo que nos desagrada.

Afinal, só atinge a meta aquele que não desiste.

Se me permitem uma sugestão, usufruam do balanço das instabilidades como se fosse uma dança. Sigam o ritmo do coração e recitem o mantra dos três “éfes” a cada sensação de desânimo que porventura surgir: Foco, Força e muita, muita Fé.

A luta tem exigido coragem.

Que venham logo os dias de glória.

#pracegover #pratodosverem imagem de uma balança dourada, tendo do lado esquerdo um bonequinho branco deitado sobre o prato e do lado direiro um bonequinho branco pendurado no prato.


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