Zumbilândia
- Claudia Vilas Boas

- 1 de set. de 2022
- 3 min de leitura
Não sei se a vida imita a arte ou a arte imita a vida, o que percebi é que há muito, muito tempo, mensagens nos tem sido transmitidas, ora de forma direta, ora subliminarmente através dela.
Pense nos filmes sobre zumbis, há uma grande quantidade deles. Já assisti a vários, mas talvez só agora eu entenda a metáfora contida em alguns deles.
O que são esses seres? Mortos-vivos desprovidos de alma. Não vivem, apenas sobrevivem se arrastando em uma existência miserável.
O que vemos hoje em dia, são pessoas que vivem uma vida também miserável, sobrevivendo através de distrações, sendo controladas e manipuladas, obedecendo cegamente aos seus criadores.
Em muitos filmes eles perseguem os humanos, tentando se alimentar de seus cérebros.
Interessante isso, não é mesmo? O cérebro, um órgão do sistema nervoso central, uma estrutura que está relacionada com memória, inteligência e emoções.
Hoje vemos uma escancarada perseguição ao livre pensar, aos questionamentos. Exterminar os cérebros pensantes, com certeza, facilitaria muito a batalha que está sendo travada, eliminaria a resistência.
Vi uma vez um filme chamado "Meu namorado é um zumbi", no qual, em um mundo pós-apocalíptico, uma praga transformou a maior parte da população em zumbis. Um recém convertido a “cadáver”, ao comer o cérebro de um humano, absorve suas memórias e acaba desenvolvendo sentimentos.
Alerta de spoiler: quem tiver interesse em ver o filme, interrompa a leitura do texto agora e prossiga após assistí-lo.
Bem, retomando…no confronto em que o incidente ocorre, o zumbi acaba salvando a namorada do rapaz morto por se apaixonar instantaneamente por ela.
Durante um curto período de convivência até que ele possa tentar levá-la de volta à cidade dos vivos, algumas mudanças começam a acontecer com ele, e seu coração mostra sinais de vida. Eles enfrentam muitos perigos e no momento em que se veem encurralados por várias criaturas, o sentimento que ele demonstra ao caminhar de mãos dadas com a garota e defendê-la, acaba por acender uma pequena chama de vida nos zumbis que presenciam a cena. E aos poucos, seus corações foram se iluminando e reavivando seus cérebros, fazendo com que memórias e sentimentos aflorassem. E o que se iniciou com um jovem zumbi, foi gradativamente se alastrando. E aos poucos eles foram retomando sua humanidade.
Resumindo a história, através do amor chegou-se à cura daquela doença que assolava e dividia as pessoas. Cada um daqueles seres que foi tocado pelo sentimento de esperança e amor, reavivou dezenas ao seu redor.
A batalha que se travou a seguir foi contra as criaturas esqueléticas, que já haviam perdido toda sua humanidade, e que puderam ser eliminadas com a união dos vivos e daqueles que estavam despertando novamente através do coração.
O coração, o sentir, tão necessário nesses tempos tão conflitantes, onde vivemos em meio a uma sociedade adoecida. Através dele nossa mente vai se expandindo e, assim, a mágica acontece.
Novos tempos estão chegando, e tantas pessoas estão se conectando e contribuindo para que essa egrégora aumente e se fortaleça para vencer o inimigo comum, que a divide e manipula para se alimentar da discórdia.
Precisamos nos lembrar da nossa essência, assumir o nosso poder, manter nossa chama sempre acesa para iluminar os caminhos daqueles que estão acordando da noite escura da alma. Mente e coração unidos como um farol.
Esse é o nosso papel, a nossa missão: brilhar a nossa luz.
#pracegover#pratodosverem ilustração de um homem sentado em uma poltrona azul, diante de uma televisão, com olhos esbugalhados, a boca aberta e o braço estendido com um controle remoto nas mãos.





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