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  • Foto do escritorClaudia Vilas Boas

Uma luz que não se apaga

Dizem que verdadeiros amigos contam-se nos dedos de uma mão.

E isso não está longe de ser verdade

Colegas e conhecidos temos muitos, mas amigos, de verdade, que preenchem todos os requisitos do termo, realmente serão poucos ao longo da vida.

Também ouvi dizer, que amigos são irmãos nascidos de outras mães, não têm o mesmo sangue, mas compartilham conexões de alma. É sintonia pura.

A partida de um amigo, leva um pedacinho de nós, mas deixa muita coisa, além da saudade.

A vida tem seus ciclos, e não conseguimos ainda entender por que alguns são longos e outros tão curtos. Nossa compreensão é ainda tão primária, embotada por nossos sentidos.

Muitas vezes nos desesperamos diante da separação iminente, resistindo ao desapego e prolongando o sofrimento.

Contudo, a aceitação é algo do qual não podemos fugir. Não temos controle sobre tudo.

Enfim, ficam as memórias, que nos acalentam e preenchem os dias.

A saudade aperta em alguns momentos, pois só o que valeu a pena deixa esse sentimento.

Hoje o texto é sobre essa saudade.

Saudades das risadas compartilhadas nas alegrias, das lágrimas divididas na tristeza, das comemorações a cada conquista. Daquelas mensagens trocadas na correria do dia-a-dia.

⁃ Meninas, tô com saudades, precisamos nos encontrar.

⁃ Meninas, tô precisando conversar

⁃ Gente, tô ficando louca, vamos sair pra beber? Rsrs

E a melhor de todas: - Vocês não sabem o que aconteceu, babado forte. Mas só posso contar pessoalmente. Pronto, estratégia infalível, curiosidade aguçada, e o encontro acontecia.

E era sempre tão incrível, e acabava com a promessa de repetirmos com mais frequência, ao menos um vez por mês.

Havia períodos em que conseguíamos cumprir a promessa, em outros a conversa se restringia às mensagens trocadas no restrito grupo de WhatsApp, chamado Cinema, nome escolhido porque era um programa que adorávamos e sempre se estendia num bate papo, regado a vinho e com nosso tradicional pãozinho no azeite.

Dividíamos a garrafa de vinho, a conta, as confidências, lágrimas e gargalhadas.

Coisas simples, porém tão marcantes.

Mesmo distantes sabíamos que havia ali um porto seguro, uma amizade onde sempre haveria um colo e abrigo prontos para nos acolher.

E essa bagagem, essa história não há tempo que apague. A dor ameniza, mas o sentimento, o amor, fica gravado e eternizado.

A saudade vai se transformando em gratidão pela oportunidade de ter compartilhado a vida com alguém tão especial.

Precisamos entender que aquela luz não se apagou das nossas vidas, ela brilha agora tão intensamente que somos incapazes de vê-la, embora possamos senti-la.

Há luzes que nunca se apagam.

E assim são as verdadeiras amizades. É difícil explicar em palavras, pois talvez não existam palavras para descrever essa maravilhosa invenção Divina.

Então eu fecho os olhos e agradeço por cada minuto, cada risada, cada lágrima e pela dádiva de ter amigos, esses anjos sem asas, que fazem a nossa caminhada mais leve e feliz.

Brindemos a essa união de corações irmãos, que enfrentam todas as barreiras e ultrapassam todas as fronteiras, sendo como faróis a iluminar a trajetória, sem limitações de espaço, tempo ou dimensões. Pois, tudo que é construído através do amor e da verdade se banha em uma divina luz que nunca deixará de brilhar.

#pracegover #paratodosverem ilustração de duas amigas, uma loira com um longo cabelo trançado, a outra de longos cabelos castanhos ondulados e semi-presos, sentadas diante de uma janela observando as estrelas, com xícaras na mão.


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