Superfície
- Claudia Vilas Boas

- 28 de mai. de 2020
- 2 min de leitura
Há fases em nossa vida, em que percebemos estar vivendo somente na superfície. E se faz necessária uma boa sacudida para trazer a tona a verdadeira identidade.
Nos apegamos a aparências e acabamos por encobrir e esquecer o que realmente é importante.
Permanecer na superfície é cômodo e seguro, mergulhar em nossas próprias profundezas é realmente assustador e exige coragem.
Um mundo novo pode se abrir e mudar totalmente nossa perspectiva sobre o que nos rodeia e sobre nossa visão a respeito de valores e comportamentos.
Deixar de dar valor a atitudes aparentes e valorizar atitudes reais e significativas.
Nem sempre constância, por exemplo, é sinal de presença. A presença real exige uma verdadeira intenção, uma entrega.
Hoje a moda é grupo para tudo, onde curiosamente as regras nunca são seguidas. O verdadeiro motivo da criação acaba se perdendo em meio a tantos memes, bom dia, boa tarde, boa noite, piadinhas e por aí vai.
É bom para distrair, mas com isso as relações ficam meio dispersas.
Bom mesmo é aquele inesperado e particular “E aí? Tudo bem com você?”,
“Passadinha rápida pra saber se está tudo bem”.
Qualidade, verdade e intensidade, superam de longe a quantidade.
Esses pequenos terremotos internos, nos mostram quanto tempo gastamos em superficialidades, tentando parecer e deixando de lado o mais importante e essencial. Deixamos de viver o que realmente somos.
Perdemos tempo com coisas inúteis e fúteis, e não gastamos alguns minutos para cultivar e preservar relações que acabam se perdendo.
Vivenciar sentimentos, praticá-los e compartilhá-los sem medo de julgamentos, é o que, com certeza, traz para nossas vidas pessoas com a mesma sintonia, com as quais poderemos criar laços e nos sentirmos livres e à vontade.
Arrisque-se, saia da superfície e mergulhe, é nas profundezas que se encontram os maiores tesouros.
#pracegover imagem de uma mulher em pé, com um vestido vermelho, um lenço roxo cobrindo seus cabelos e descendo pelos ombros meditando submersa em águas de um azul cristalino, de suas mãos em prece se irradia uma luz verde, de seus lábios saem bolhas de oxigênios.





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