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  • Foto do escritorClaudia Vilas Boas

Paradigmas

Há algum tempo atrás, descobri a existência de almas chamadas de índigos, cujas características condiziam muito com a minha trajetória de vida.

A sensação de ser diferente, de não se enquadrar em certos padrões, de questionar sempre, de querer entender o mundo e não apenas seguir de forma automática como a maioria das pessoas. Um temperamento rebelde e muitas vezes conflituoso.

E nesse caminho de busca por um sentido, descobrir a identidade índigo foi, de certa forma, gratificante e até mesmo reconfortante.

Estudando mais a fundo, entendi o porquê de tamanha sensibilidade e exacerbado senso de justiça. Índigos são muito empáticos, o que os leva à um nível elevado de indignação diante de injustiças e total aversão à estupidez. Vieram com a missão de quebrar paradigmas.

Nessa época, eu vivia no modo que eu chamava de “puts revolts”. Uma forma divertida que eu usava para os momentos de indignação, que eram muitos.

E, de repente, me dei conta de que havia um importante paradigma a ser quebrado. E dessa vez, comigo mesmo.

Essa forte caraterística, algumas vezes até explosiva, diante das incongruências da realidade que nos cerca, acabava por atrair conflitos, e consequentemente desequilíbrio, desarmonia e alguns arrependimentos.

Era hora de me lapidar, aprender a dominar essas qualidades peculiares, canalizar toda essa energia de forma produtiva, ser seletiva nas batalhas, escolher sabiamente pelo que realmente valesse a pena lutar.

Toda a busca por conhecimento e principalmente, por autoconhecimento, precisava ser utilizada para contribuir para a mudança que eu desejava para o mundo. E essa transformação precisaria começar por mim mesma.

Conflitos desnecessários desperdiçam energia. Há questões e pessoas com as quais não se deve gastar nem tempo e nem energia. E está tudo bem, pois cada um tem seu processo e suas próprias escolhas.

Há que se ter sensatez para perceber as oportunidades de contribuir. Para identificar o solo fértil e ali lançar a semente, de forma sutil, sem tentar enterrá-la. Se o solo for realmente fértil, a semente encontrará a forma de germinar e produzir frutos.

Vivemos tempos em que estamos o tempo todo sendo bombardeados por conflitos e situações injustas. As provas são diárias.

Não posso dizer que não sinto indignação em vários momentos, contudo, agora consigo respirar e questionar se é algo que vale alguma atenção ou apenas mais uma distração.

Fico feliz de perceber o quanto houve de evolução quando olho para traz. E todos devemos comemorar cada aprendizado, cientes de que ainda temos boas léguas a percorrer e muitas sombras a dissipar.

Porém, é importante que consigamos avaliar o quanto de progresso já conseguimos em nossa jornada e reconhecer o nosso valor, a nossa competência, determinação e vitória.

Vencemos a nós mesmos, e não há adversário mais difícil.

#pracegover #paratodosverem imagem em tons de azul, de um rosto feminino, parcialmente encoberto pela silhueta de pinheiros.


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