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  • Foto do escritorClaudia Vilas Boas

O Sagrado Feminino

Estava eu aqui num daqueles momentos de nostalgia, relembrando os tempos passados. Pensando em como eram acolhedoras as casas de antigamente.

Os ambientes tinham uma clara identidade feminina.

Casa de vó é lembrança que aquece o coração. Traz a sensação de colo e sabedoria. Sabedoria de vida, que não se encontra em universidade e cujo diploma não está pendurado na parede, mas embalado na alma.

Hoje criaram um tal “empoderamento” que exalta mulheres “independentes” e “donas de si,” executivas, com autonomia financeira, liberdade sexual, vidas cheias de compromissos e vazias de sentimentos.

Lembro de um vídeo que gosto muito de assistir, e até já o citei em um texto anterior, em que uma mulher é convidada para uma reunião na qual comemorariam o retorno de uma amiga após uma longa viagem. No evento, ela , uma dona de casa, se sente diminuída ao se comparar com as demais, todas bem sucedidas e arrumadas, enquanto ela mal tinha tido tempo de se maquiar. A anfitriã distribui presentes a todas e quando chega a vez da protagonista desta história, ela a presenteia com um livro sobre catedrais. A princípio isso lhe parece estranho, mas ao ler a dedicatória sua alma se ilumina e nesse momento descobre o quanto estava equivocada com a percepção sobre si própria. Considerava-se uma pessoa invisível, sem a mesma importância que as outras e no entanto isso não correspondia à realidade.

A dedicatória dizia: “Com admiração por tudo de bom que você constrói e ninguém vê. Não se sabe o nome de quem construiu as grandes catedrais, você procura o nome dos construtores e só encontra…desconhecido. Eles completaram a obra sem saber se um dia seriam reconhecidos. Há uma história sobre um desses construtores que estava esculpindo um pássaro que seria coberto pelo telhado e alguém perguntou porque ele estava gastando tempo em algo que ninguém iria ver, e ele respondeu que o fazia porque Deus iria ver.”

Tantas vezes escolhemos viver nossas vidas seguindo padrões para agradar ou ser validados por outras pessoas, quando temos tudo o que precisamos dentro de nós. Deus habita em nossos corações e é ali que tudo deve ser validado.

Nesse texto quero falar especificamente sobre as mulheres. Sobre o maior dom e sobre a mais profunda essência feminina.

A maternidade, um dom intrínseco que cada mulher carrega. E não tem a ver com gestar um filho e parir, mas sim com acolhimento, amparo, suporte e solidez.

Todas somos mães em alguma medida.

E nos sentimos realizadas ao desempenharmos esse papel. Seja cuidando de filhos, de animais, ou de outras pessoas.

Percebam que algumas profissões tem uma procura muito maior por mulheres, e são as que estão ligadas ao cuidar.

Quantas terapeutas acolhem, cuidam, orientam e transformam vidas. Assim como as mães com seus filhos, equilibram doçura e firmeza e preparam suas crias para seus próprios voos. Oferecem colo, cuidam das feridas e tiram as rodinhas das bicicletas.

Temos olhos que sorriem mesmo tentando parecer zangadas e que muitas vezes choram apesar do sorriso nos lábios. Nossa janela da alma é transparente e não mente para quem souber observar.

Nossa maior missão é cuidar, é transformar o mundo em um lugar mais amoroso.

Poderíamos dizer que as mulheres trazem no sentido de suas existências, o sagrado, o amor, a fé. São os pilares, que muitas vezes sustentam toda a estrutura de uma imensa catedral.

Somos essenciais, independente de títulos, carreiras ou posições sociais.

Somos deusas, pois o sagrado habita em nós. Nascemos para frutificar.

Não é à toa que tentam desmerecer o que há de mais abençoado em nossa essência. Tentam a todo custo nos desconstruir, assim como atacam também a masculinidade, porém, não vou me aprofundar nesse assunto, por ora.

A questão é que essas desconstruções e descaracterizações, se não forem paradas, nos transformarão em uma massa amorfa, em uma mera massa de modelar como brinquedo nas mãos de criaturas imaturas e inescrupulosas. Empenham-se em nos endurecer, qualificando nossa sensibilidade como fragilidade. Não sabem, que é aí que reside nosso maior potencial.

É hora de despertar a consciência e deixar fluir o talento especial inerente à nossa feminilidade e fecundar o que nos rodeia com a poderosa energia do amor.

Aceitemos com gratidão esse divino privilégio e toda sua magia. E…que seja sagrado esse nosso jeito fascinante e feminino de ser.

#pracegover #paratodosverem ilustração de uma mulher de cabelos loiros, longos, emergindo de um oceano em meio à uma galáxia, tendo uma esfera azul luminosa no meio do peito. Sua mão direita está estendida sobre um planeta emanando luz branca.


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