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  • Foto do escritorClaudia Vilas Boas

Muro ou Ponte?

O que você tem construído? Mais muros ou mais pontes?

Quando achamos que já estamos entendendo o jogo, mais véus se rasgam à nossa frente!

E percebo, como é fácil cair em armadilhas que desequilibram nosso ego.

Como já disse em outros textos, o ego não pode ser definido como algo negativo, pois nossa sobrevivência em muitas situações depende dele. Quando enfrentamos uma situação de perigo nosso instinto de preservação nos protege e cria as possibilidades de defesa, e isto nada mais é do que uma atuação do ego.

O que causa a negatividade é o ego em desequilíbrio, pois nessa condição ele cria conflitos e barreiras que nos afastam dos demais.

E quantas vezes nos perdemos por achar que já sabemos muito. A vida é uma infindável sucessão de lições e aprendizados. A evolução depende de caminhar continuamente conscientes de que ainda temos muito a aprender.

O conhecimento adquirido não se perde mais, mas achar que já é o suficiente acarreta uma estagnação.

É como se terminado o curso na universidade, nenhum aprimoramento fosse desejado. Nada de mestrado ou especializações, nem mesmo atualizações.

E está tudo bem, se isso basta. São escolhas.

O que não se deveria fazer é condenar os que preferem continuar a busca pelo saber, sempre questionando e se transformando.

Aquele que pensa que tudo sabe, que já atingiu o ápice, perde a oportunidade de seguir conquistando novos espaços e atingindo outros patamares de conhecimento através da troca, uma vez que todos temos o que ensinar e o que aprender.

Quando nos esforçamos por entender as realidades diferentes e até divergentes das nossas, estamos construíndo pontes, que nos auxiliam na caminhada.

Quantas vezes nos isolamos e criamos verdadeiras muralhas por, sem nenhum aprofundamento ou conhecimento dos fatos, tirarmos conclusões que nem sempre correspondem à verdade.

Condenamos baseados em percepções.

Não conhecemos o coração das pessoas. Tentar entender os motivos por trás de certos comportamentos não nos diminui e nem acarreta retrocessos. Mesmo que discordemos absolutamente, aprendemos a compreender. E é disso que se trata a compaixão.

Assim como a tão falada empatia acontece nos mesmos moldes. Não podemos sentir a dor do outro, mas conseguimos compreender que cada um tem sua própria forma de lidar com ela.

Cristo em toda sua sabedoria falava por parábolas para se fazer entender, pois sua consciência tão expandida não seria compreendida. Ele transitou pelo mundo construindo pontes.

Os muros são perfeitos para nos blindar e proteger. E não deixa de ser uma opção, uma vez que as pontes sempre pressupõem a transposição de algo arriscado e até perigoso.

Compartilhar o conhecimento nesses tempos turbulentos muitas vezes é como enfrentar águas revoltas sob a ponte ainda em construção. Porém, o risco geralmente vale a pena e a conquista é gratificante.

E cada desafio nos torna mais preparados e fortes para a etapa seguinte.

Muitas vezes será necessário adentrar em terrenos inóspitos para construir um ambiente produtivo e próspero.

Se o medo de cair é maior do que o de avançar é porque ainda faltam ferramentas e confiança suficientes.

O sábio não guarda para si o saber, ele sempre cria alguma forma de passá-lo adiante, mesmo que tenha que fazê-lo de forma rudimentar a princípio.

Tem uma frase sobre Cristo em um livro de Augusto Cury que diz: “Nunca alguém tão grande se fez tão pequeno para tornar grandes os pequenos”.

Ele com certeza foi o maior e melhor construtor de todos os tempos, e que obra grandiosa ele nos deixou.

E então, como anda sua jornada? No caminho há mais pontes ou mais muros?

#pracegover #paratodosverem imagem de duas muralhas de pedra unidas por uma ponte, em um terreno arenoso e repleto de pedras, tendo ao fundo um luminoso pôr do sol.


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