Quando, mesmo discordando, nos abstemos de julgar, acredito que demos um passo a mais no nosso caminho evolutivo.
Um mesmo acontecimento pode afetar de formas diversas várias pessoas.
Lembro aqui de uma história que li sobre dois irmãos, que perderam a mãe ainda crianças, e o pai tornou-se alcoólatra. Um dos meninos seguiu o mesmo caminho, enveredando para o alcoolismo. O outro escolheu o oposto. Trabalhou muito desde cedo, estudou, e quando teve oportunidade saiu de casa, construiu uma carreira e uma família.
O exemplo do pai surtiu resultados diversos, um copiou os passos do pai, o outro viu ali o que não queria para a sua vida.
E não nos cabe também julgar esse pai. Não temos como mensurar o que a dor da perda acarretou na sua alma. Não existe um padrão ou manual para superação de traumas, perdas e toda sorte de sofrimento. Seria tão mais fácil.
Quanta amargura poderia ser evitada se as pessoas antes de qualquer julgamento buscassem conhecer a história por trás da atitude. Se esforçassem em observar mais atentamente antes de falar.
Afinal, temos dois olhos, dois ouvidos e apenas uma boca, e não deve ser por acaso. Pensando bem faz todo o sentido, não é mesmo?
Não seria mais razoável se antes de sair atirando palavras duras e acusações, sem um profundo conhecimento, se tentasse usar uma boa dose de empatia?
Respirar, refletir e resolver se realmente emitir uma opinião é tão necessário assim? Agrega algo? Traz algum benefício?
Observando a superfície de um lago, há como saber se ele é seguro? Qual sua profundidade? Se em suas águas habitam dóceis peixinhos ou criaturas perigosas?
Assim são as pessoas, sua essência não está na superfície. Nem tudo é o que parece.
Se há preguiça ou falta de interesse em se aprofundar, melhor se abster.
Talvez o que o mundo mais necessite nesse momento seja...menos dedos apontados e mais mãos estendidas.
#pracegover sobre um fundo preto, imagem de duas mãos estendidas pintadas com corações coloridos, uma delas voltada para cima e a outra para baixo tendo o indicador semi estendido.