Tantas vezes ouvimos dizerem que precisamos abandonar o ego, pois ele é algo negativo em nós.
Erroneamente as pessoas associam o ego a egoísmo.
Manter o ego em equilíbrio é fundamental, sem jamais eliminá-lo.
O ego é o que nos impulsiona a nos preservarmos, a buscar nossos objetivos.
Ser cem por cento uma coisa ou outra não é equilíbrio.
Ser totalmente luz te impede de conhecer a não-luz e portanto, te faz presa fácil da manipulação.
Nossas sombras precisam ser acolhidas e trabalhadas de modo a transmutá-las em mola propulsora para nossa evolução, tranformá-las em força, resistência e resiliência.
Há muita gente do bem sendo usada por forças negativas, as quais se aproveitam da inocência. Seres que se deixam levar pelo canto da sereia e acabam arrastados para escuridões profundas.
Se deixam confundir pelo joio, que a princípio, na aparência, é muito semelhante ao trigo. Contudo, enquanto um é alimento o outro não passa de erva daninha.
Vivemos, ainda, em um mundo de dualidades. E para nossa sobrevivência é preciso que aprendamos a conviver e nos equilibrar entre as polaridades.
Ninguém se torna um campeão, sem antes conhecer a derrota.
A coragem, não é ausência de medo, é o equilíbrio entre o medo e a determinação. O medo ativa os sistemas de cautela e preservação, a coragem nos impulsiona a agir dentro desses parâmetros. Se assim não fosse, poderíamos ter atitudes totalmente impulsivas e irresponsáveis, ou permanecer inertes.
Em tudo, deveríamos buscar o caminho do meio. E embora pareça óbvio, esse é o caminho mais difícil e o menos frequentado.
Para adentrá-lo há que se abrir mão de muitas crenças, de posicionamentos arraigados, de certezas, teimosias, orgulho, vaidades, intolerância, e tantas outras atitudes e sentimentos aos quais nos apegamos.
É preciso abraçar o desapego.
Pare um segundo e reflita.
Trabalhoso, não é mesmo? Demorado também!
Há uma parábola que fala sobre o joio o trigo:
A parábola do trigo e do joio ( Mateus 13:24-30)
“Propôs-lhes outra parábola, dizendo: O Reino dos céus é semelhante ao homem que semeia boa semente no seu campo; mas, dormindo os homens, veio o seu inimigo, e semeou o joio no meio do trigo, e retirou-se. E, quando a erva cresceu e frutificou, apareceu também o joio. E os servos do pai de família, indo ter com ele, disseram-lhe: Senhor, não semeaste tu no teu campo boa semente? Por que tem, então, joio? E ele lhes disse: Um inimigo é quem fez isso. E os servos lhe disseram: Queres, pois, que vamos arrancá-lo? Porém ele lhes disse: Não; para que, ao colher o joio, não arranqueis também o trigo com ele. Deixai crescer ambos juntos até à ceifa; e, por ocasião da ceifa, direi aos ceifeiros: colhei primeiro o joio e atai-o em molhos para o queimar; mas o trigo, ajuntai-o no meu celeiro.”
Isso exige de nós resistência e determinação. Mesmo que o ambiente ao nosso redor seja tóxico, e muitas vezes nós, temporariamente, nos assemelhemos a ele, preservar nossa essência nos levará a cumprir a nossa missão. Nos trará a maturidade necessária para que não sejamos contaminados.
O que se espera de nós? Paciência e perseverança. Se nos anteciparmos poderemos ser confundidos e arrastados junto ao joio. Resta-nos, então, aguardar. Suportar a toxidade e sobreviver às ervas daninhas, nos garantirá explodir em belos cachos de sementes, aptos a alimentar o mundo com luz e sabedoria.
Quanto ao joio, não tendo nada a oferecer, será descartado e esquecido.
#pracegover #paratodosverem imagem de um campo de trigo, tendo ao fundo um lindo e dourado pôr do sol, com nuvens em tons de amarelo e laranja. No canto superior direito da imagem, quatro pássaros sobrevoam o campo.