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  • Foto do escritorClaudia Vilas Boas

Despedida

Despedidas são situações que sempre nos trazem alguma dor.

Mesmo aquelas que sabemos ser temporárias.

Pois, se tem algo que o ser humano tem muita dificuldade para aprender, é o desapego. Essa é uma das nossas mais duras lições.

Muitas vezes surgem os questionamentos: será que eu poderia ter feito algo para evitar; será que amei o suficiente; será que fiz tudo o que podia ter feito; será que ele sabia que era amado?

Tantos “serás” e “ses” surgem para nos atormentar.

Por que nos é tão difícil entender que algumas coisas simplesmente são e ponto. Tinha que ser e ponto final.

Esse texto é dedicado a um serzimho que na sua curta passagem por esse planeta, me ensinou a melhor e mais verdadeira forma de amar, ou simplesmente amar, sem esperar nada em troca, de forma descomplicada e incondicional.

E agora está me ensinando a dura lição da aceitação e desapego. De entender que algumas coisas tem seu tempo e hora e que não estamos no controle. Temos que soltar e deixar ir. Nada nos pertence, tudo é temporário, e dura o tempo necessário ao nosso aprendizado.

Que alguns, da forma mais singela, sem ao menos dizer uma palavra, nos ensinam grandes lições.

Uma coisa que sempre repito, é que atitudes valem mais que palavras. E hoje, diante da despedida que me trouxe essas reflexões, isso tomou uma proporção gigante.

Se observássemos mais o comportamento dos animais aprenderíamos tanto, pois eles são pura atitude. Eles não tem o dom da fala talvez justamente para nos mostrar que o que realmente interessa é o que se faz aos outros, pois é esse o legado que deixaremos. E se a saudade aperta é porque ali, naquela convivência, aprendemos, ao menos um pouco, a amar.

Hoje, peço licença para fazer uma homenagem a um pequeno ser, que nos seus quase dezesseis anos de convívio com a minha família, foi um mestre na arte de amar. Muitas vezes eu falei que aquele pequenino, era um pacotinho de 2 quilos de pura carência, mas na verdade ele nos mostrava a importância da atenção, da companhia, da alegria nas coisas mais triviais. Nos ensinou que amar é simples, nós é que complicamos. E hoje, acredito que conseguimos aprender algo com isso, pois quando o cansaço dos anos chegou, o nosso amor se fez presente em forma de carinho, dedicação e cuidado. A atenção não precisava ser pedida, foi ofertada em tempo integral, com o nossa mais pura devoção.

Gratidão pequenino por nos mostrar que o amor e a consequente felicidade, está nas coisas simples da vida. A sua presença e companhia, mesmo quietinho ou dormindo em nosso colo, tem feito uma falta imensa. Nicky, Nickynho, Nickyco ou simplesmente...Kyco,te amaremos além de todas as vidas.

#pracegover imagem em preto e branco, de uma mulher agachada, sorrindo para um cachorrinho branco e peludo, que stá com as patas dianteiras apoiadas em suas pernas. Nas mãos ela segura uma pá de jardinagem, tendo à sua frente vários vasos e mudas de plantas.

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