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  • Foto do escritorClaudia Vilas Boas

Descartáveis

Atualizado: 19 de nov. de 2023

Meio desanimador o que vem acontecendo com as relações afetivas atualmente.

Triste ver que a inspiração de tantas músicas, o momento mágico dos filmes românticos, o desfecho dos contos de fadas, perdeu todo o significado, toda a magia!

O símbolo do amor se perdeu, foi banalizado como tantas outras coisas nesse nosso mundo tão carente de valores e de amores.

Parafraseando Baumann: “Vivemos tempos líquidos. Nada é para durar”.

Hoje tudo é rápido, passageiro e descartável. Reduzir, reusar e reciclar é ótimo para a natureza, mas péssimo para relações interpessoais.

Só se preocupam com quantidade. Qualidade? O que é isso? Será que importa?!

Mais importante do que ser é parecer. E não estou me referindo aos adolescentes e jovens que estão adentrando o terreno das relações afetivas, mas a pessoas já com uma certa vivência e total imaturidade emocional.

O beijo sempre foi o termômetro das relações. Uma relação onde os beijos se tornaram escassos ou meramente formais, já demonstra sinais de que está seriamente comprometida, desgastada, muitas vezes levada adiante apenas pelo comodismo.

E por outro lado, para muitos a "curtição" hoje é sair beijando, mas sem envolvimento ou sentimento, muitas vezes como se fosse uma competição. As relações tornaram-se superficiais, as pessoas disponíveis, mas nunca dispostas.

Aos que buscam algo mais consistente sobra a pecha de "diferentões" ou fora da curva, iludidos e sonhadores. E muitos acabam realmente se sentindo meio perdidos e inadequados nesses tempos de relações tão fugazes.

Vivemos em um tempo de muitas teorias e poucas realizações. Vivemos num mundo cheio de juízes de vidas alheias, julgando e sentenciando sem nenhum fundamento, muitas vezes apenas baseados em superficialidades.

Todos querendo ser politicamente corretos e poucos sendo concretamente corretos. Fala-se muito, faz-se bem pouco e sente-se menos ainda.

Ah que saudades do tempo em que atitudes valiam mais que palavras.

Mas quer saber? Lá no fundinho, ainda acredito que o que muitos ainda desejam, mesmo que não admitam, é essência, meu bem, é constância. Um amor, um alguém pra chamar de seu.

#pracegover imagem em tons de azul de uma mão tocando uma parede e água caindo sobre ela.


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