Sabe aquela frase que diz “Quando deres esmola, que a tua mão esquerda não saiba o que faz a tua mão direita”? Essa expressão tratava da caridade para ostentar virtude, onde a aparência era a finalidade, muita mais do que o auxílio em si. Condenava a ação onde a intenção por trás era a vaidade e não a bondade.
Contudo, como sempre, o mal manipulou a verdade usando-a a seu favor. Essa foi mais uma artimanha para que sempre se mantivesse o bem em silêncio, tão escondido que muitos acreditaram que ele sequer existisse. O que é condenável portanto, é ostentar o bem para ganhos pessoais, para parecer virtuoso, para exibição da própria vaidade. Porém, há o lado bom da exposição, que é o exemplo. O bom exemplo é mais eficaz do que o bom discurso.
Muito se ouve dizer que o mundo é mau. Que a humanidade está perdida. E com isso, a mal foi dominando como se aparentemente ele predominasse.
Mas…não, o mundo não é mau e a maioria dos humanos é sim de pessoas boas. Contudo, fizeram com que acreditássemos que para ser bom teríamos que ser passivos, como cordeiros. Associar a figura de um guerreiro à bondade pareceria algo estranho, abominável.
Talvez por isso os maus governantes ainda arrastem tantas pessoas aos enganos, uma vez que, usam e abusam de narrativas cativantes, embora suas atitudes sejam condenáveis. E, quando, porventura, aparece um líder que exponha a verdade de forma nua e crua, demonstrando as verdadeiras condições e possibilidades, ele, via de regra, é incompreendido e rechaçado. Temos incontáveis exemplos de ambos os lados na história.
Além disso, dissociaram as questões espirituais das questões do mundo, como se fossem água e óleo.
Essas manipulações nos incutiram diversas crenças que travaram muitos dos aprendizados necessários através das experiências e enfrentamentos imprescindíveis ao nosso crescimento
Vivemos em um mundo de dualidades, existe sombra e luz, positivo e negativo, bem e mal, bons e maus.
Acreditem, hoje há mais luz do que sombra, ela só não se exibe como deveria.
Nós somos seres espirituais vivendo uma experiência na matéria.
Portanto, para que possamos experienciar o que é indispensável para nossa evolução é preciso enfrentar a difícil realidade do mundo dual e a trabalhosa tarefa de não se deixar contaminar pelas distrações que nos arrastam para as trevas.
Vivemos em um grandioso teatro e somos também atores desse espetáculo.
A encenação está no último ato, e é o momento de sair dos bastidores e fazer parte do “gran finale”.
Todo o aprendizado precisa ser compartilhado com generosidade.
Somos luz e não somos poucos.
Está na hora de abandonar o anonimato e mostrar ao mundo que o bem é maior do que se podia ver.
A essência humana é predominantemente boa, muitos são generosos e compassivos, mas não percebem isso, pois nossas referências estão em um patamar muito elevado.
O arquétipo da bondade são os santos e santas, cujas histórias de vida relatam feitos magnânimos, e são quase sempre retratados com expressões e posturas de doçura, calma, pureza e absoluta benevolência. Há algumas exceções como Miguel Arcanjo, São Jorge, Xangô, destemidos guerreiros lutando bravamente contra o mal.
Num mundo dual, a bondade precisa de atitude, somente não praticar o mal não faz de ninguém um ser bom. A omissão não serve à luz.
Aliás, outro ponto importante, as divisões. Sempre nos dividiram para nos enfraquecer, e assim também fizeram com as religiões. A Divindade, Deus, Olorum ou qualquer que seja o nome que se queira dar ao Criador da humanidade, não modificará a semente divina que habita em cada um de nós. Somos filhos de uma única fonte.
A união faz a força e o mal sabe bem disso e por essa razão criou tantas desavenças e polarizações.
Nossa tribo é uma só, estamos no combate final. Peguemos nossos escudos e nossas espadas de luz e enfrentemos o inimigo com coragem, fé, determinação e com nossa arma mais poderosa: AMOR.
Esse é nosso maior e mais importante aprendizado, enfrentar o caos, o mal e toda sorte de dificuldades que tem se apresentado, para experienciar a sublime lição do amor incondicional.
Rasguemos os véus, descerremos as cortinas e deixemos que a Luz revele todo o cenário. O espetáculo será surpreendente.
#pracegover #paratodosverem ilustração de um iceberg mergulhado em um mar violeta e dourado, sob um céu violeta e dourado.
