Imaginem um grande, um imenso tabuleiro de xadrez, em uma disputa secular entre jogadores que buscam apenas se distrair e prorrogar o final do embate infinitamente.
Imaginemos também, que nesse jogo as peças não sejam apenas objetos inanimados, mas seres com vida e que se movimentam seguindo as regras que lhes forem passados.
Contudo, ardilosamente, muitas diretrizes foram ocultas e permanceram em segredo através de um longo tempo.
Porém, como nenhuma escuridão sobrevive à luz eternamente, tais segredos começaram a ser expostos, apesar dos incontáveis esforços dos jogadores para mantê-los em sigilo.
Com isso, algumas peças do tabuleiro começaram a se rebelar e se movimentar em suas próprias jogadas.
E qual o resultado disso tudo? Inicialmente um enorme caos.
A incompreensão das peças que cegamente continuavam a seguir sem questionar, fez com que estas se aliassem aos seus algozes contra os companheiros de batalha, que agora percebiam sua verdadeira condição.
Embora, em minoria e com poucos recursos, as pequenas peças não se acovardaram.
Resistiram a cada jogada, cada trapaça e cada queda, retornando cada vez mais confiantes ao tabuleiro.
Tal resiliência começou a chamar a atenção dos demais integrantes e a possibilidade de liberdade passou a contaminar mais e mais peões.
Enfim, um tempo foi fixado aos controladores do tabuleiro. O jogo está na reta final, o tabuleiro não mais lhes pertence.
Os juízes, cansados de tanta sordidez, deram o basta. As regras estão sendo mudadas e terão que ser explicitadas da forma mais clara possível.
Peças importantes, que aparentemente estavam fora de combate, retornam ao tabuleiro.
O jogo agora está mais tenso, porém, mais equilibrado e muito mais interessante.
A plateia que antes só assistia, agora incentiva e contribui, discretamente, para que a lealdade permaneça mantendo o equilíbrio, e para que vençam o jogo aqueles que realmente merecem o troféu.
#pracegover #paratodosverem imagem de um gigantesco tabuleiro de xadrez, sobre um gramado, com peças brancas encobertas por uma névoa, tendo um relógio apoiado sobre um peão, diante de um homem sentado, que observa a cena.
